Hipertensão arterial: combate ao inimigo silencioso

Novos métodos auxiliam no controle da pressão alta, reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares.

Cerca de 30 % da população acima de 18 anos têm pressão alta, doença que nem sempre recebe a atenção que deveria. Entre as pessoas com mais de 50 anos, a prevalência é de 50%, segundo dados da Sociedade Brasileira de HIPERTENSÃO. Nem mesmo crianças e adolescentes estão livres do problema. Aproximadamente 5% deles convivem com os riscos associados a essa doença.

A pressão arterial costuma subir durante a prática de atividades físicas e em situações estressantes. Mas quando isso acontece de modo persistente, provoca lesões nas artérias e nos principais órgãos. A boa notícia é que a cada dia surgem novidades sobre os mecanismos da doença, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas mais eficazes para controlá-la.

O primeiro passo é ter certeza do diagnóstico. Nem sempre a medição feita no consultório mostra o quadro real do paciente. O exame mais eficiente para isso é o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Um aparelho acoplado á pessoa faz medições a cada 20 minutos, ao longo de 24 horas, com o propósito de identificar quem é hipertenso.

A HIPERTENSÃO é causada por uma conjunção de fatores hereditários e pelo estilo de vida. Hábitos saudáveis ajudam a preveni-la: manter o peso ideal, praticar atividade física, evitar ingestão excessiva de álcool e reduzir o sal da ALIMENTAÇÃO.

Mas, uma vez instalada, é essencial seguir á risca o tratamento. Há hoje um grande arsenal de remédios para o controle da doença. E a maneira como são prescritos faz toda a diferença: pesquisas mostram que tomar ao menos um dos medicamentos na hora de dormir reduz significativamente as chances de infarto e AVC.

Cerca de 10% dos pacientes sofrem de HIPERTENSÃO resistente, que não cede com o uso de remédios. Para esses casos, estão sendo testadas novas técnicas, ainda não disponíveis comercialmente. Dentre elas está um aparelho que, colocado sob a pele, age sobre os mecanismos que "avisam" o cérebro que a pressão está alta, estimulando o organismo a regular a pressão. Também está em estudo um procedimento que elimina nervos renais responsáveis pela retenção de sódio e água, em geral relacionados á HIPERTENSÃO. A técnica envolve a introdução de um cateter pela artéria femoral e a aplicação de ondas de alta frequência que destroem esses nervos.

As novidades são bem-vindas. Mas o mais importante é ficar atento para não se deixar enganar pela doença - discreta nos sintomas e lenta na evolução, mas que pode ser muito grave pelos problemas que gera.

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"Tomar ao menos um dos medicamentos na hora de dormir reduz as chances de infarto e AVC."

Fonte: Veja

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